Depois da descoberta do vírus no século XIX uma grande discussão sobre a origem do vírus entrou em debate na comunidade acadêmica. De acordo com a premissa de que todo organismo vivo consiste de uma célula, os vírus não são considerados organismos vivos. Contudo, são sistemas acelulares compostos de uma estrutura orgânica que ainda confunde vários pesquisadores. Nesse sentido, um vírus pode ser considerado uma forma de vida?
De fato a humanidade desde o princípio sempre conviveu com pragas e doenças que, em um princípio, não se sabia dizer a sua origem. Porém, com o auxílio das novas tecnologias e um avanço da medicina, um agente patogênico do nosso organismo pode ser encontrado em menos de 24 horas. Por essa razão o vírus do Coronavírus foi identificado rapidamente sendo responsável por uma das maiores pandemias já vistas pela humanidade.
Por que os vírus não podem ser considerados seres vivos?
Decerto, as células que conformam tanto os animais, plantas e fungos são seres vivos, exatamente por que cumprem como as condições para a vida. Além do mais, essa definição poderia ser estendida a outros microrganismos, como: bactérias, algas, protozoários, entre outros. Em outras palavras, algumas células mesmo dependendo de um complexo sistema em organismo, são seres vivos por si só. Ou seja, são capazes de se replicarem, além de passar seu material genético.
Em contrapartida, um vírus não possui algumas características fundamentais para serem considerados seres vivos, sendo a primeira delas a ausência de uma célula em si. Além do mais, eles não podem obter energia, alimento, muito menos crescer e se reproduzir por si só. Desse modo o vírus pode ser considerado um parasita por excelência já que depende integralmente de um hospedeiro para poder expressar seu material genético.
Interação com a vida humana
Os vírus fazem parte da história humana desde o início de sua existência. Nesse sentido, as maiores pandemias enfrentadas pelo homem foram ocasionadas por um vírus. Talvez seja pelo seu processo reprodutivo ou pela capacidade de se inocular dentro do material genético de seu hospedeiro. Desse modo, algumas das doenças mais difundidas no mundo são ocasionadas pelos vírus.
Logo, os vírus possui mecanismos únicos dos quais causam algum tipo de doença no homem, seja por inabilitando alguma função ou destruindo células vitais. Porém, a sua forma de contagio se restringe a um grupo de células específicas. Sendo assim, depois de sua replicação, destroem a célula hospedeira dando lugar a novos organismos víricos.
Um incrível poder de mutação genética
A seleção natural precedeu a evolução dos humanos, das plantas e de todos os seres vivos do planeta, e os vírus, mesmo não sendo considerados seres vivos, não são exceção. Embora, tecnicamente, os vírus não vivam por conta própria, eles estão sujeitos às pressões da evolução.
Ainda assim, o sistema imunológico humano usa várias táticas para combater os patógenos virais. Sendo assim, o trabalho do patógeno consiste em escapar do sistema imunológico, criar mais cópias de si mesmo e se espalhar para outros hospedeiros. Em outras palavras, as características ou adaptações que ajudam um vírus a fazer seu trabalho tendem a ser mantidas de geração em geração.
